Trata-se de uma técnica de diagnóstico molecular recente utilizada no diagnóstico de linfoma.
O diagnóstico de linfoma pode, na maior parte das vezes, ser conseguido por uma simples citologia que revelará a presença de linfócitos atípicos, de dimensões aumentadas, em tecidos onde não são habitualmente encontrados. No entanto, alguns linfomas, nomeadamente os linfomas indolentes, exibem linfócitos de aspeto e dimensão normais não podendo ser desta forma diagnosticados por CAAF. Nestes casos a biópsia revela na maior parte das vezes alteração da arquitetura normal do órgão afetado, por exemplo um gânglio linfático, o que confirma o diagnóstico de linfoma.
Porém existem casos onde mesmo com biópsia pode não ser fácil distinguir entre uma inflamação crónica com presença de abundantes linfócitos e um linfoma indolente. Nestes casos o PARR torna-se particularmente útil.
O princípio subjacente ao PARR reside no facto de os linfócitos de um linfoma possuírem todos a mesma origem numa única célula tumoral e portanto serem monoclonais repetindo certas regiões de DNA. Já os linfócitos presentes numa inflamação crónica são policlonais e, portanto, exibem variações no seu DNA.
O PARR permite assim distinguir entre linfócitos monoclonais de um linfoma de linfócitos policlonais de uma inflamação crónica.
Hugo Gregório, MV